"Arquitetura Contemporânea: Diálogos Trasndisciplinares".
O ciclo de palestras “Arquitetura contemporânea: diálogos transdisciplinares”, organizado pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa, tem como objetivo promover a discussão sobre temas que perpassam o campo da arquitetura e que têm se mostrado como fundamentais para a compreensão das complexidades que envolvem sua condição atual. Ao longo dos encontros, palestrantes e debatedores vão explorar a relação da arquitetura com temas como: mídias e marca, colaboração e participação, experimentação, fenômenos urbanos emergentes e novas epistemologias.
Programação:
A palestra vai explorar as relações entre arquitetura e meios de comunicação tendo como referência a atuação de escritórios contemporâneos.
O tema é um desdobramento da pesquisa de doutorado concluída em 2015 e intitulada “Ficções projetuais: projeto gráfico e discurso profissional em livros contemporâneos de escritórios internacionais de arquitetura e urbanismo”.
Gabriel Girnos Elias de Souza
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Formado em Arquitetura e Urbanismo (2002) pela Universidade de São Paulo (EESC-USP), mestre em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo (2006) pela mesma Instituição e doutor em Design (2015) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Sua atuação acadêmica se estende pelas áreas de teoria, história e crítica de arte urbana; expressão e representação gráfica do projeto; análise da forma arquitetônica; desenho e ilustração; comunicação gráfica e narrativa visual. Atualmente é professor efetivo do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (DAU-UFRRJ).
A partir de uma reflexão crítica, a palestra vai abordar a recente emergência na arte e na arquitetura de espaços construídos enquanto 'laboratórios de experiências criativas', analisando-as como parte fundamental de um processo de ressignificação e contextualização de conceitos que foram fundamentais para a produção artística dos anos 1960. Termos como 'criatividade, 'obra-aberta', 'participação', 'colaboração' e 'interatividade', que antes configuravam um léxico contestador e disruptivo, hoje se confundem com as transformações produtivas, culturais e subjetivas levadas a cabo pela emergência da 'racionalidade neoliberal'.
Rafael Goffinet de Almeida
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Doutorando no Programa de Pós-graduação do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU.USP-São Carlos), junto ao Núcleo de Estudos sobre as Espacialidades Contemporâneas (NEC.IAU.USP) e com financiamento da CAPES. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (EESC-USP, 2010) e mestrado (PPG-IAU.USP, 2016). Tem experiências nas áreas de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo e da Arte, Representação e Linguagem da Arquitetura e Urbanismo e Projeto Arquitetônico e Urbano, dedicando-se aos estudos das relações entre Cidade, Arte e Cultura. Também atua como docente no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Moura Lacerda (CUML - Ribeirão Preto).
A ausência de um posicionamento crítico na arquitetura e urbanismo, para além de suas demandas internas, é uma questão que permeia a disciplina desde meados dos anos 1970, como consequência da chamada "condição pós-moderna". Considerando este contexto de pragmatismo e esvaziamento teórico, a palestra vai abordar a possibilidade de retomada da crítica e de avanços teóricos na disciplina a partir de um cenário de institucionalização da pesquisa via think tanks e associações entre universidades e escritórios de arquitetura e urbanismo. Dessa forma, terá como objeto de análise a produção dos think tanks para as aglomerações urbanas da América Latina, África e Ásia, tendo como objeto de estudo as pesquisas e projetos experimentais realizadas por escritórios como The Now Institute, Urban-Think Tank, The Why Factory, e AMO.
Lívia Paula Zanelli de Morais.
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Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo [2020]. Mestre pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo [2015]. Arquiteta e Urbanista graduada pela Universidade de São Paulo [2005]. Pesquisadora do grupo Pensamento Crítico e Cidade Contemporânea (PC3), desenvolve pesquisas na área de Arquitetura e Urbanismo, atuando nos seguintes temas: arquitetura e urbanismo contemporâneos; pesquisa, projetos experimentais e processos de projeto; teoria, história e crítica de arquitetura e urbanismo; habitação multifamiliar; processos de urbanização.
Repensar, de forma mais acolhedora e saudável, as paisagens de nossas cidades se faz necessário para torná-las mais resilientes e aprazíveis. Para tanto, temos que rever o modelo de planejamento e projeto tradicional que desconsidera os processos naturais e acaba por privilegiar as áreas centrais, principalmente aquelas de valor patrimonial. Neste processo, é fundamental um olhar para as margens, em especial no contexto latino-americano. Esta ação requer a participação da população e vem sendo desenvolvida a partir de estratégias de infraestrutura verde. A partir da análise de estudos de casos, a palestra vai discutir essas estratégias e suas perspectivas conceituais e empíricas.
Camila Gomes Sant'Anna
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Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília, com a tese intitulada: A infraestrutura verde e sua contribuição para o desenho da paisagem da cidade (2020). Doutorado sanduíche na University of Manchester (2019). Mestre em Urbanismo pela UFRJ (2013). Mestrado em Théories et Démarches du Projet de Paysage pela École Nationale Supérieure d' Architecture de Versailles École Nationale Supérieure de Paysage Versailles, ENSPV, França (2009). Arquiteta e Urbanista pela Universidade de São Paulo (2007). Professora de Teorias e Projeto da Paisagem Urbana do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Goiás - Campus Goiás. Integra o Núcleo Interdisciplinar de Patrimônios, Artes e Memórias-NIPAM da UFG. É Diretora Cultural da Associação Brasileira de Arquitetos da Paisagem (ABAP).
As cidades contemporâneas estão cada vez mais sendo mediadas por mídias locativas. O uso intenso de dispositivos móveis associado ao cotidiano urbano entrelaça a prática corporificada do espaço ‘virtual’ na computação móvel com a interação social na esfera física. Nesse contexto, a palestra irá apresentar as origens das principais tecnologias que nos geolocalizam e trazer reflexões a respeito dos impactos das alterações provocadas pela mediação locativa das mídias sobre as percepções cognitivas dos usuários nas cidades.
Cristina Goldschmidt Kiminami
Realizou o doutorado no King's College London, Departamento de Humanidades Digitais, onde desenvolveu pesquisa sobre a mediação digital do ambiente urbano de Londres, as percepções geradas pelas mídias sociais e outras mídias digitais. Sua investigação enfoca as humanidades espaciais, as relações de mediação digital e a percepção das pessoas sobre o entorno urbano, além da prática de contracartografia digital por artistas e ativistas contemporâneos.
Cristina é mestre e graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
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CACAU - Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFV
Contato: marilia.solfa@ufv.br
